Saint Germain des Prés, e a sua Igreja de mesmo nome, datada do século VI, estão localizados na margem esquerda do Rio Sena, no 6.º distrito de Paris.
Após a Segunda Guerra Mundial, Saint Germain des Prés tornou-se a Babilónia intelectual e cultural de Paris. O café de Flore, a Brasserie Lipp e o Club de ‘jazz’ situado na rua de Rennes, frequentado por Boris Vian e Mille Davis, foram locais de encontro para personalidades do mundo da comunicação, mas também da área da Política, Cinema, Música, Filósofos e Pintores (entre outros).
Era a grande era de Albert Camus, onde a filosofia coexistia com o ‘jazz’ americano, as culturas se misturavam em todos os lugares, conferindo a este bairro, uma atmosfera especial e original.
Em torno da década de 1970, a chegada do turismo internacional e o estabelecimento de butiques de luxo, forçara gradualmente as pequenas lojas e livrarias, a se deslocarem para outros bairros, aumentando consideravelmente, o preço do imobiliário, em detrimento do seu prestígio intelectual que perderá o seu rico passado histórico.
A Igreja de Saint-Sulpice, é uma igreja construída em 1646, sobre uma antiga fundação (Templo romano) do século XIII, em homenagem a São Suplício le Pieux, o piedoso Bispo de Bourges entre 621 e 624 e capelão do rei merovíngio Clotaire II. Ela encontra-se localizada na Praça Saint-Sulpice, no coração do 6.º distrito.
A Igreja de São Sulpício, tanto do exterior como no interior, merece uma visita. No exterior, descobre-se a sua bela fachada e as etapas de reconstrução, de uma das suas duas torres, que durou cerca de 130 anos para ser concluída.
No interior, se pode observar e admirar: o Gnomon, uma peça importante dos primeiros relógios solar, usado para realizar várias obras de astronomia, incluindo o fio de latão incrustado, que representa a linha Meridiana, a sacristia e a sua estrutura em madeira de estilo Luís XV, o grande órgão, a Capela da Santíssima Virgem e as três maravilhosas pinturas de Eugéne de Lacroix (a batalha de Jacób e o anjo, São Miguel matando o dragão e Heliodoro perseguido do templo) na Capela dos Anjos Sagrados.
A igreja é um dos locais parisienses, onde ocorreu a ação do êxito de vendas de Dan Brown, em 2003, “O Código Da Vinci”.
A Abadia de Saint-Germain-des-Prés, a mais antiga Abadia Beneditina da cidade parisiense, foi fundada em meados do século VI, pelo Rei Quildeberto I, da dinastia merovíngia, filho de Clovis. A consagração da abadia foi realizada em 558 por Germano, bispo da cidade.
É uma das mais antigas igrejas de estilo gótico, da idade média, que serviu como uma necrópole real até a construção da Basílica de Saint-Denis. Durante a revolução francesa, vários edifício que compunham a Abadia foram vandalizados e destruídos.
Após a revolução, o estado recuperou a posse da terra e em 1862, a igreja foi classificada Monumento Histórico. Atualmente, apenas se pode visitar a Igreja e o Palácio da Abadia.
O Museu Eugene-Delacroix, localizado no coração de Paris, no antigo apartamento-casa ocupada pelo pintor de 1857 até a sua morte em 1863, é um lugar único e raro de memória.
No final dos anos 20, a Sociedade de amigos de Delacroix, decidiu homenagea-lo com a criação de um museu. Ele testemunha a admiração que os grandes artistas da década de 20 (Maurice Denis, Paul Signac, Édouard Vuillard, Ker-Xavier Roussel), prestavam ao pintor e a sua obra. A partir de 1971, a casa do pintor, foi transformado em museu nacional.
Eugene Delacroix é um pintor francês nascido em 1798, o principal representante da “pintura romantica francesa”, que a partir da idade de 40 anos,começou a receber imensas encomendas importantes do estado francês, para pintar e decorar as paredes e os tetos de monumentos públicos.
Em 1857, o artista decidiu mudar-se para Saint-Germain-des-Prés, de modo a se aproximar da Igreja de Saint-Sulpice, da qual foi responsável por decorar a Capela dos Anjos.
A Escola Nacional de Belas Artes, onde o edifício mais antigo é a capela e os seus edifícios adjacentes do século XVII, durante o período da revolução e do Império, em 1795, os monges foram expropriados do lugar. Um museu será então criado por Alexandre Renoir para preservar as obras salvas da destruição.
Em 1816, durante a restauração, Luís XVIII decidiu fechá-lo deixando as instalações para a escola que se estabeleceram definitivamente, na rua Bonaparte em 1829.
A escola de belas-artes tem um enorme prestígio internacional e muitos dos estudantes de todos os continentes, chegam anualmente para estudar, pintura, escultura, gravura ou arquitetura. É um lugar interdito aos visitantes, devido as suas 450 000 obras, que permitem reconstruir a história do ensino da Arte Francesa.
A escola, costuma organizar, exposições anuais e temporárias para o público.